A inovação pode se dar em produtos, processos ou modelos de negócio e uma dessas formas de inovar está perto de se tornar realidade e impactar profundamente a forma de trabalho. Trata-se da tecnologia disruptiva. Esse novo meio de transformação no mundo dos negócios revoluciona todo um mercado, introduzindo novos concorrentes em determinado segmento e trazendo forte impacto para a sociedade.
Temos exemplos disso mais próximos a nossa realidade, como o carro, a imprensa, a internet, o smartphone, o pendrive, o drone, o Waze, o Uber e o Airbnb. A tecnologia disruptiva permite situações que não eram possíveis antes de sua existência. Em países como Israel, Estados Unidos, Coréia do Sul e China, as universidades já estão inseridas nesse novo mercado.
Nesse contexto também ganha destaque a educação à distância, que nos dias de hoje nada mais é do que ensino mediado pela tecnologia. O antigo modelo de apostilas e avaliações que trafegavam via correios há muito foi substituído por sistemas modernos, dinâmicos, atraentes e capazes de promover efetiva comunicação entre estudantes e professores, e entre pares.
Com fácil operacionalização, os ambientes virtuais de aprendizagem disponíveis no mercado estão cada vez mais preparados para dialogar com tecnologias disruptivas que surgem a cada dia, como realidade virtual, realidade aumentada, gamificação, mobile learning, social learning, machine learning, chatbot e learning analytics.
Trata-se de inovações que impactam na leitura de mundo e também na forma como o ser humano se relaciona com o processo de ensino-aprendizagem. Neste sentido, elas devem ser vistas e utilizadas, inclusive, como instrumentos estratégicos para a efetivação de alguns princípios educacionais que norteiam a pedagogia moderna.
Tendo em vista que a educação a distância é algo consolidado, há que se estar atento para a integração cada vez maior entre esta modalidade de ensino e as tecnologias que surgem a cada dia. Os benefícios dessa conexão são diversos e impactam toda a comunidade acadêmica. Alunos se atraem mais por ambientes flexíveis e personalizados; professores terão o apoio de ferramentas inteligentes para a identificação da melhor estratégia de transmissão de conteúdo; gestores precisarão fazer investimentos crescentes para acompanhar o ritmo da inovação; e gestores públicos precisarão rever o excesso de regulamentação, abrindo espaços para que as escolas inovem e redefinam o seu papel.
Um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) apontou que em 2023 as matrículas nos cursos à distância irão superar aquelas na modalidade presencial na educação superior.